O que é Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)?

A leucemia mielomonocítica crônica (LMMC) é uma doença hematológica que combina características de síndromes mielodisplásicas (SMD) e neoplasias mieloproliferativas (NMP). Ela se caracteriza por um aumento persistente de monócitos no sangue periférico e alterações na produção de outras células sanguíneas. O LMMC é mais comum em pessoas acima de 60 anos e representa um desafio diagnóstico devido à sua sobreposição com outras condições hematológicas.

O LMMC é dividido em dois subtipos:

1. LMMC-1: Menor número de blastos (células imaturas) sem sangue e medula óssea.
2. LMMC-2: Maior número de blastos, diminuindo um prognóstico mais grave.

Como Detectar

O diagnóstico do LMMC exige uma abordagem cuidadosa, incluindo:

1. Exames de Sangue:
   • Hemograma completo para identificar um aumento persistente de monócitos acima de 1.000/µL.
   • Alterações em outras linhas celulares, como anemia e plaquetopenia.
2. Biópsia de Medula Óssea:
   • Avaliação do número de blastos e de displasia nas células hematopoiéticas.
3. Testes Genéticos e Moleculares:
   • Identificação de mutações específicas como TET2, SRSF2, ASXL1 e RUNX1, que ajudam a confirmar o diagnóstico.
4. Exclusão de Outras Condições:
   • Eliminação de outras causas de monocitose, como infecções crônicas e doenças autoimunes.

Principais Sintomas

Os sintomas do LMMC variam amplamente, podendo incluir:

• Fadiga e fraqueza: Devido à anemia.
• Perda de peso inexplicada: Associada ao metabolismo acelerado da doença.
• Febre recorrente e infecções frequentes: Indicando imunossupressão.
• Sangramentos simples ou hematomas: Relacionados à baixa contagem de plaquetas.
• Aumento do baço (esplenomegalia): Resultante da regulamentação celular anormal.

Tratamentos Disponíveis

O tratamento do LMMC depende de fatores como a idade do paciente, a gravidade da doença e as condições de saúde gerais. As opções incluem:

1. Monitoramento Ativo:
   • Em casos iniciais ou assintomáticos, você pode optar por um acompanhamento regular antes de iniciar o tratamento.
2. Terapias de Suporte:
   • Transfusões de sangue para tratar anemia.
   • Uso de fatores de crescimento para estimular a produção de células sanguíneas.
3. Quimioterapia:
   • Medicamentos como azacitidina e decitabina, usados para reduzir a progressão da doença.
4. Terapia-Alvo:
   • Uso de medicamentos para bloqueios genéticos específicos.
5. Transplante de Medula Óssea:
   • A única opção curativa para o LMMC, indicada em pacientes mais jovens ou com doença avançada.

Prognóstico

A evolução da LMMC varia de paciente para paciente, com alguns casos progredindo para leucemia mieloide aguda (LMA). O acompanhamento constante e os avanços no tratamento melhoraram significativamente o manejo da doença, permitindo que muitos pacientes tenham uma boa qualidade de vida.

Conclusão
A leucemia mielomonocítica crônica é uma doença complexa, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar seus sintomas e retardar sua progressão. Consultas regulares com especialistas e uma abordagem personalizada são essenciais para o sucesso do tratamento.