A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado sob o fígado, cuja função é armazenar e liberar a bile, um fluido digestivo essencial para a digestão de gorduras. O câncer de vesícula biliar ocorre quando células malignas se formam nos tecidos desse órgão, podendo se espalhar para outras partes do corpo. Apesar de ser um tipo de câncer raro, sua detecção tardia torna o prognóstico mais desafiador.

O que é o câncer de vesícula biliar?

O câncer de vesícula biliar é um tumor maligno que se origina na camada interna da vesícula biliar e pode crescer atravessando as outras camadas do órgão. Ele é mais comum em mulheres e em indivíduos com mais de 65 anos. Algumas condições preexistentes, como cálculos biliares e inflamações crônicas, aumentam o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer.

Como detectar?

A detecção precoce do câncer de vesícula biliar é desafiadora porque os sintomas geralmente não aparecem nos estágios iniciais. Quando presentes, os sintomas podem ser inespecíficos e incluem dor abdominal, náusea e perda de apetite. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) são utilizados para identificar anormalidades na vesícula biliar. Em alguns casos, uma bópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.

Principais sintomas:

• Dor abdominal persistente, especialmente na parte superior direita do abdome.

• Icterícia (pele e olhos amarelados) devido à obstrução do ducto biliar.

• Perda de peso inexplicada.

• Náusea e vômito.

• Sensação de inchaço no abdome.

• Febre ocasional.

É importante notar que esses sintomas também podem estar associados a outras condições menos graves, como cálculos biliares. Por isso, a avaliação médica é essencial para um diagnóstico preciso.

Tratamentos disponíveis:

O tratamento do câncer de vesícula biliar depende do estágio da doença no momento do diagnóstico. As opções incluem:

• Cirurgia: Quando o câncer é detectado precocemente, a remoção da vesícula biliar (colecistectomia) pode ser curativa. Em casos mais avançados, pode ser necessário remover parte do fígado ou dos linfonodos ao redor.

• Quimioterapia: Utilizada para destruir células cancerígenas que se espalharam ou para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia.

• Radioterapia: Pode ser usada para aliviar sintomas ou em combinação com outros tratamentos para melhorar os resultados.

• Terapias direcionadas: Novos tratamentos que visam alterações genéticas específicas no câncer de vesícula biliar estão em desenvolvimento e podem ser considerados em casos específicos.

Conclusão:

Embora o câncer de vesícula biliar seja uma condição rara e frequentemente diagnosticada em estágios avançados, a conscientização sobre seus sintomas e fatores de risco é fundamental para um diagnóstico precoce. O avanço das técnicas diagnósticas e terapêuticas tem proporcionado melhores perspectivas para os pacientes, destacando a importância de procurar atendimento médico ao primeiro sinal de anormalidade.